O Conselho Episcopal Pastoral, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aprovou declaração sobre os 50 anos do golpe civil-militar, intitulada “Por tempos novos, com liberdade e democracia”. O texto chama a atenção das novas “gerações pós-ditadura para que se mantenham atuantes na defesa do Estado Democrático de Direito”.
Os bispos pontuaram com clareza o desastre dos “21 anos que fizeram do Brasil o país da dor e da lágrima”. Talvez nenhuma instituição da sociedade tenha lidado mais proximamente do sofrimento que as igrejas. A reafirmação do “compromisso da Igreja com a defesa de uma democracia participativa e com justiça social para todos” conclama a sociedade brasileira a ser protagonista de uma nova história, “livre do medo e forte na esperança”.
A referência de sua intervenção mais forte se deu no sepultamento do jornalista Vladimir Herzog, que escapou do nazismo na Europa para morrer numa cela do Doi-Codi em São Paulo, onde se apresentou voluntariamente. O sepultamento deveria ser conduzido pelo rabino Henry Sobel, que convidou dois amigos: o Cardeal D. Paulo Evaristo Arns e o pastor presbiteriano James Wright. Com eles, vieram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e outras entidades que já denunciavam o arbítrio.
Este foi entre muitos gestos que deram um testemunho firme e decidido, apesar das denúncias de leigos e religiosos, pela qual se penitencia. Os documentos repatriados há dois anos mostram que precisaram se organizar para enfrentar o Estado de Exceção.
O documento registra o papel da "Comissão da Verdade que tem por objetivo trazer à luz, sem revanchismo nem vingança o que insiste em ficar escondido nos porões da ditadura". A comissão tem atuado para não manter escondidos os crimes, que seria outro crime além dos cometidos. Assim, reflete postura clara, firme e decidida, apontam os bispos brasileiros.
Os bispos pontuaram com clareza o desastre dos “21 anos que fizeram do Brasil o país da dor e da lágrima”. Talvez nenhuma instituição da sociedade tenha lidado mais proximamente do sofrimento que as igrejas. A reafirmação do “compromisso da Igreja com a defesa de uma democracia participativa e com justiça social para todos” conclama a sociedade brasileira a ser protagonista de uma nova história, “livre do medo e forte na esperança”.
A referência de sua intervenção mais forte se deu no sepultamento do jornalista Vladimir Herzog, que escapou do nazismo na Europa para morrer numa cela do Doi-Codi em São Paulo, onde se apresentou voluntariamente. O sepultamento deveria ser conduzido pelo rabino Henry Sobel, que convidou dois amigos: o Cardeal D. Paulo Evaristo Arns e o pastor presbiteriano James Wright. Com eles, vieram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e outras entidades que já denunciavam o arbítrio.
Este foi entre muitos gestos que deram um testemunho firme e decidido, apesar das denúncias de leigos e religiosos, pela qual se penitencia. Os documentos repatriados há dois anos mostram que precisaram se organizar para enfrentar o Estado de Exceção.
O documento registra o papel da "Comissão da Verdade que tem por objetivo trazer à luz, sem revanchismo nem vingança o que insiste em ficar escondido nos porões da ditadura". A comissão tem atuado para não manter escondidos os crimes, que seria outro crime além dos cometidos. Assim, reflete postura clara, firme e decidida, apontam os bispos brasileiros.
Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
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